sexta-feira, 15 de maio de 2015

Niemals Aufgeben


Ligo o meu celular pela manhã e recebo algumas mensagens das quais eu não esperava. Era uma velha conhecida. Ela me mandava seus pêsames, também se mostrou triste com o ocorrido. Foi, como se diz aqui no Brasil, "um baque", um choque. Mesmo com poucas esperanças na minha alma, eu ainda acreditava. Quem, em sã consciência, não acreditaria? Quem, com uma alma parecida com a minha, não acreditaria, mesmo nos últimos minutos? Pois eu e muitas pessoas acreditamos, estivemos (e estamos) fiéis até o fim.

Por pouco, mas por muito pouco mesmo a meta não se cumpriu. Minto, faltou muito. Se os nossos olhos estivessem abertos na primeira chance que nos foi dada, nada disso teria acontecido. E nenhuma demonstração de fidelidade também não teria acontecido. E, inclusive, a mensagem e o longo papo com a velha conhecida nem teriam chegado a existir. Não se pode negar que isso aconteceu. Aconteceu. Acontece. E com toda a certeza que recebi (talvez) de nascença infelizmente digo: irá acontecer novamente. 

No primeiro momento meu coração não processou a informação. A respiração esteve presa por minutos, mas pareceu que foram horas. Meus olhos, focados em determinado ponto fixo, não queriam enxergar o que estava na minha frente. Eram fatos, nada daquilo era mentira. Mas parecia a mentira mais bem contada que eu já vi; parecia uma brincadeira, um apegadinha. Minha alma não suportou o desapontamento. A maior demonstração de tristeza veio, na surdina. Meu ser bávaro transcendeu de tal maneira que tenho a maior segurança do mundo em afirmar: Bayern de Munique, eu amo você e não há imagem que traduza isso.
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