Janeiro. Sinônimo de verão, praia, saídas com os amigos... E foi numa dessas saídas que percebi que o Bayern não me abandonou. Ele sempre esteve ali, pertinho de mim, mesmo quando eu estive tão afastada dele, sem saber por onde o time andava.
Encontrar com os amigos é ótimo. Ver as pessoas no caminho usando a blusa de um time que faz parte do seu coração, cara.. Isso é melhor ainda. Nesse dia, tive vontade de elogiar cada desconhecido que passava por mim, seja com o boné ou com a camisa do Bayern. Essa pessoa, até certo ponto desconhecida, compartilhava algo comigo. É um sentimento surreal, nem sei exatamente como explicar.
Pois bem, desconhecidos passavam por mim e eu, como poço de timidez que sou, não falei nada. Meus olhos falaram por mim. Só não sei dizer se eles foram compreendidos.
Em uma cidade como Vitória não dá para sair de casa sem correr o risco de ser fritado na rua por conta do calor. Agora, imagine isso nessa época do ano que estamos. A saída é ir para algum lugar com ar-condicionado (ah, ele! O salvador!). Nossa resolução: o shopping.
Visitamos o até então paraíso. Meus olhares se dirigiam a algumas vitrines, principalmente quando elas tinham... As cores azul e vermelha! Sim, a vitrine estava lá, na minha frente. Parei, não acreditei. Presságio? Olha, eu não acredito muito nessas coisas não, mas dessa vez meu desconfiômetro ligou. Era a primeira vez que eu via aquelas cores, aquele uniforme naquela vitrine. Ele estava me chamando de volta. Eles estavam me chamando de volta.
Meus amigos me puxaram e eu não sei ao certo por quanto tempo fiquei na frente daquela vitrine. Só sei que foi o tempo suficiente para passar o filme de quando eu estava assistindo aos jogos do Bayern no ano passado e de quando tudo começou, lá na minha infância. Enquanto estava andando, já longe da nostalgia, me veio uma ideia um tanto quanto maluca: se eu estivesse em um filme, a música que tocaria de fundo com certeza seria "Maps", do Maroon 5.
